17 de out. de 2010

Você já esta nas nuvens


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    Você já está na nuvem, mas não sabe. Toda vez que você envia uma mensagem pelo Hotmail, busca um endereço no Google ou publica uma foto no Orkut, seus dados são processados e armazenados por um sistema conhecido como computação em nuvem. É a aposta de gigantes da computação, capaz de colocar do mesmo lado a Microsoft, criadora do Windows, e Linus Torvalds, gênio inventor do Linux. Todos querem sair do seu computador pessoal e partir para as nuvens.

 “O mundo da tecnologia da informação passa por várias mudanças. Estamos agora evoluindo para uma estrutura de nuvem. O Google já nasceu na nuvem”, disse Francisco Gioielli, engenheiro do Google Brasil.

  De acordo com Gioielli, existem duas características básicas para definir a computação em nuvem. Primeiro: os aplicativos são acessados pelo navegador. Ou seja, o usuário não precisa ter o programa instalado no computador, apenas o browser. A partir do navegador ele poderá acessar sites e ferramentas, como editores de texto e imagens, tudo armazenado na internet. 


 


















  Depois, explica Gioielli, os dados ficam hospedados em uma infraestrutura que está invisível para os usuários, os servidores, onde as informações de várias pessoas são compartilhadas e armazenadas. Alguns usuários que acessam a nuvem frequentemente não imaginam que estão colocando informações nesses computadores.“No momento que uma pessoa acessa um site via navegador, significa que as informações não estão rodando na máquina. O que mostra que ela já está consumindo uma nuvem”.



Como funciona a computação em nuvem ?




   Toda as vezes que você faz uma busca na internet, você está navegando em uma  nuvem.





Servidores


   A busca do internauta é procurada no servidor de cada empresa.No datacenter do Google, por exemplo, estão todos os e-mails do Gmail, fotos e informações postadas no Orkut e todos os outros dados que o internauta colocou em sites do Google.

Conexões
   Todos os computadores que estão acessando determinado site estão conectados ao mesmo datacenter, que concentra todas as informações que a empresa possui.

Mobilidade
    Como os dados ficam armazenados na nuvem, o usuário pode acessar as informações por meio de   outros dispositivos, como celulares, tablets e notebooks, sem precisar carregar esses documentos de forma física.

Nuvem privada
   Uma empresa pode ter a sua própria nuvem, onde todos os funcionários podem utilizar e guardar informações. Mesmo sendo privada, a nuvem pode estar hospedada fora da empresa.

Nuvem na máquina local


     
     Usuários como o publicitário Felipe Salles, de 26 anos, acreditam que computação em nuvem é apenas o que funciona remotamente por meio da internet. Salles utiliza, diariamente, sites como Facebook, Orkut, Twitter, e-mail e mensagens instantâneas. Além disso, por trabalhar em frente ao computador, ele fica on-line em torno de 12 a 14 horas por dia.







  “ Para mim, computação em nuvem é poder usar um programa como o ‘Microsoft Office’ sem precisar instalar nada. Ou seja, é tudo que está remoto, que você não precisa ter na sua máquina”, disse Salles.

  "    Estamos tendo uma grande explosão de aplicativos voltando"   disse Otávio Pêcego, arquiteto de soluções da Microsoft "  .

   Otávio Pêcego, arquiteto de soluções sênior da Microsoft Brasil, explica que, nesse caso, para acessar a nuvem sempre será necessário um software local trabalhando na máquina ou no celular.    “Os usuários veem de vez em quando o Windows Update entrar. Esse é um exemplo de programa na máquina local que conversa com a nuvem para saber as informações que precisam ser baixadas”.

    Outro exemplo de interação entre a nuvem e o sistema local é o programa Google Earth, que a empresa chama de geobrowser. “O Google Earth trabalha instalado na máquina do usuário mas, para funcionar, ele precisa se conectar aos servidores do Google”.
   As empresas cada dia mais falam e apostam nessa tecnologia. Porém, Pêcego acredita que o fim dos softwares locais não está tão perto.

  “A tendência está mostrando o contrário. Estamos tendo uma grande explosão de aplicações voltando. Há muitas pessoas que utilizam o Twitter por meio do navegador, mas outras preferem instalar um aplicativo para acessar o microblog”.

   O que pode acontecer, segundo Pêcego, é o disco local funcionar como um lugar temporário onde os usuários podem acessar rapidamente para trabalhar e, aos poucos, transmitir e sincronizar o que está na rede. A nuvem ganharia, então, a função de “backup” (cópia de segurança).

“Por causa da demora, o usuário vai trazer a informação, trabalhar ela localmente e depois enviá-la para a nuvem”, explica Pêcego.




fonte Globo.

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